Expressões vindas das
arquibancadas como “O time corre os 40 minutos sem cansar” ou “os caras estão
voando”, fazem jus ao trabalho desenvolvido pelo preparador físico da equipe
principal do Corinthians, Juninho.
Com um trabalho desenvolvido em
diversas categorias sub-20 do Timão, Juninho foi integrado ao elenco adulto em
2012 e nestas duas temporadas caminha para a primeira decisão da LNF (Liga
Nacional de Futsal), e a terceira final da Liga Paulista (neste ano, ambas
contra o Magnus, de Sorocaba).
Neste ano, o planejamento tático
estabelecido pelo treinador André Bié, além do suporte de Juninho e membros da
Comissão Técnica, está basicamente ligado à utilização de novos talentos com
craques renomados, o que vem dando bons resultados:
“Hoje, o treinamento desportivo
no alto rendimento nos esportes coletivos,
requer o treinamento mais individualizado possível e no futsal não é
diferente. Pensando dessa forma, que conseguimos trabalhar com qualquer grupo
de atletas, desde o futuro promissor até o atleta consagrado”, explicou.
“Nosso elenco de 2016 se encontra
com essas características, mas não é de hoje que trabalhamos assim, desde a
minha efetivação em 2012, encontro grande heterogeneidade nos elencos formados.
Então quanto mais você individualizar as cargas de treinamentos, levando em
consideração aspectos fisiológicos, bioquímicos, maturacionais, entre outros, conseguirá
realizar o mais indicado aos atletas independente do momento que se encontram
em suas carreiras”
Juninho também fala sobre a relação de
respeito e cumplicidade entre todos:
“É assim que desenvolvemos os
trabalhos aqui, com muita comunicação entre as áreas e o entendimento que
sempre estamos buscando a melhor performance dos atletas para atingir sua forma
desportiva”.
O jovem atleta:
“A diferença está no dia a dia,
na minha área específica, os futuros promessas estão iniciando na categoria
adulta, temos que avaliar o acervo motor, verificar o que foi absorvido nas
categorias formadoras e a partir disso incluir programas específicos para
desenvolver e ganhar o que o nosso esporte demanda”.
O experiente:
“Já o atleta consagrado, percorreu um grande caminho e vivenciou muita
coisa, trás uma bagagem muito grande, você apenas lapida o diamante, procura
inserir a exigências físicas e trabalhar em cima de suas características,
sempre individualizando as cargas de treinamentos”.
Juninho diz ainda que o objetivo
para ambos no final do ano são os mesmos, o trabalho ao longo do ano é diferente,
desde o início da pré-temporada até o período competitivo.
“O segredo é você tirar ao máximo
o que cada atleta tem de melhor, independente se for um promessa ou um atleta
consagrado. É assim que tentamos fazer com que todos cheguem. Na melhor forma
possível, e isso para a periodização coletiva é muito difícil, então tentamos
atingir o maior número de atletas e fazer com que esses atletas puxem os demais
que não atingirem”.
O preparador encerra falando
sobre esta troca de lições e experiências:
“É uma troca constante de aprendizado,
é um erro pensar que você não aprende com o atleta promissor, apenas ensina,
esses atletas aprendem muito rápido, você tem que estar antenado em tudo e nem
sempre isso acontece, por isso que você acaba aprendendo muita coisa com eles.
O atleta consagrado, por sua vez, a gente ensina e aprende muita coisa também,
passaram por muitas experiências e que te ensinam a passar por determinadas
situações que você não vivenciou”.
Foto: Gabi Netto
Nenhum comentário:
Postar um comentário